A JAC Caminhões anunciou sua entrada no mercado brasileiro com uma operação própria e previsão de início das vendas em 2026.
A marca, pertencente ao grupo chinês JAC Motors, apresentou quatro modelos que atuarão entre 9 e 25 toneladas de PBT técnico: os leves N 9.170 e N 13.210, e os pesados A 18.290 e A 25.290.
A subsidiária brasileira será a quarta operação integralmente controlada pela matriz chinesa. A empresa iniciou a estruturação de rede e homologação dos veículos, com expectativa de lançar suas atividades com 15 grupos econômicos e ao menos 30 pontos de venda nos principais centros urbanos do país.
Segundo o diretor-geral da empresa no Brasil, Miguel Xun, o plano de entrada no país contempla fases de desenvolvimento industrial, fortalecimento da rede e adaptação dos produtos às condições locais. A primeira etapa prevê a comercialização de modelos importados, todos equipados com motores Cummins e transmissões ZF, Eaton ou Fast Gear.
A JAC projeta 1,5% de participação de mercado no primeiro ano, com intenção de alcançar 3% até o fim do terceiro ano. A empresa afirma que pretende, posteriormente, reproduzir no Brasil o modelo SKD — montagem em kits — já adotado em 19 de suas fábricas mundiais. Uma unidade produtiva nacional também está nos planos e integra o projeto de longo prazo da marca no país.
A operação brasileira nasce com estrutura dedicada a vendas, pós-venda, engenharia e desenvolvimento local de produtos. O investimento inicial será direcionado à ampliação da rede, implantação de um centro técnico e, em fase posterior, à instalação da fábrica.
Linha de entrada: quatro modelos entre 9 e 25 toneladas
A JAC Motors inicia sua presença no país com um portfólio voltado a atender demandas urbanas, regionais e de longa distância. A linha inclui:
N 9.170 (9,5 t PBT técnico)
N 13.210 (12,5 t PBT técnico)
A 18.290 (19,5 t PBT técnico)
A 25.290 (26,5 t PBT técnico)
Todos os modelos adotam freios a ar com assistências eletrônicas, sistemas de LED e opção de multimídia. O pacote foi desenvolvido para atender diferentes tipos de implementação e perfis logísticos.
Modelos leves
N 9.170 — voltado ao uso urbano
O N 9.170 chega com motor Cummins B4.0 Euro VI, capaz de entregar 170 cv e 600 Nm. A transmissão Eaton de 6 marchas foi selecionada para operações que exigem agilidade no tráfego urbano. O caminhão oferece duas opções de entre-eixos (3.845 mm e 4.475 mm), PBT técnico de 9,5 t e carga útil de 6,2 t.
Os freios a ar contam com ABS, EBD, ASR, ESC e Hill Holder. O modelo utiliza pneus 215/75 R17.5 e tanque de 200 litros. A cabine traz ar-condicionado, direção hidráulica e comandos acessíveis.
N 13.210 — maior capacidade e cabine estendida
Com motor Cummins B4.5 Euro VI de 210 cv e 760 Nm, o N 13.210 se posiciona como opção para aplicações que exigem mais capacidade de carga. O modelo adota transmissão automatizada Fast Gear de 8 velocidades e oferece entre-eixos de 4.200 mm ou 4.700 mm. A carga útil técnica chega a 8,2 t.
A cabine estendida amplia o espaço interno e mantém ar-condicionado e direção hidráulica como itens de série.
Modelos pesados
A 18.290 e A 25.290 — foco em médias e longas distâncias
Os dois modelos utilizam o motor Cummins D6.7 Euro VI, com 290 cv e 1.100 Nm, combinado à transmissão automatizada ZF de 9 velocidades. As opções variam conforme o entre-eixos:
A 18.290: 4.700 mm e 5.300 mm
A 25.290: 6.050 mm e 6.650 mm (com terceiro eixo instalado no Brasil)
O A 18.290 possui PBT técnico de 19,5 t e carga útil de 13 t. Já o A 25.290 chega a 26,5 t de PBT técnico e 17,8 t de carga útil. Ambos utilizam pneus 275/80 R22.5 e tanque de 400 litros, com opção de ampliação para 600 litros.
A cabine leito com suspensão pneumática, teto médio e basculamento elétrico busca atender operações de longa jornada, oferecendo ar-condicionado e direção hidráulica de série.
Estratégia para o mercado brasileiro
Com a chegada da JAC Caminhões, o segmento brasileiro de transporte de carga amplia a concorrência em categorias de grande demanda. A marca aposta na combinação de motores conhecidos no país, pacotes de segurança e oferta de pesados focados em eficiência operacional.
A empresa afirma que sua presença no Brasil integra um plano global de expansão e que o país terá papel estratégico no desenvolvimento de produtos e futuras operações industriais.
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