O Grupo Volkswagen anunciou sua estratégia para mobilidade sustentável e neutra em carbono em todo o mundo. Para a América Latina ficou definido que terá um Centro de Pesquisa & Desenvolvimento no Brasil, voltado para o estudo de soluções tecnológicas baseadas em etanol e outros biocombustíveis para mercados emergentes, que utilizam energia limpa, para a combustão e soluções híbridas.
Volkswagen cria Centro de P&D para etanol e outros biocombustíveis no Brasil
"Sediar aqui no Brasil o novo Centro de P&D para etanol e outros biocombustíveis nos coloca em evidência no mundo Volkswagen. Poder liderar, desenvolver e exportar soluções tecnológicas a partir do uso da energia limpa dos biocombustíveis se caracteriza como uma estratégia complementar às motorizações elétrica, híbrida e à combustão a mercados emergentes é um reconhecimento enorme para a operação na América Latina. Vamos atuar em parceria com Governo, universidades e a agroindústria para que possamos trabalhar com o que há de melhor para o futuro da mobilidade", detalha Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen América Latina.
Volkswagen cria Centro de P&D para etanol e outros biocombustíveis no Brasil
A Volkswagen foi a primeira fabricante de automóveis a aderir ao Acordo de Paris e pretende se tornar neutra em termos climáticos até 2050. O Grupo Volkswagen planeja eliminar gradualmente a produção de veículos a combustão na Europa entre 2033 e 2035. Nos EUA e na China, isso deve acontecer um pouco mais tarde. Em mercados emergentes como o Brasil, pode demorar ainda mais para se tornarem completamente elétrico. Alguns fatores impossibilitam mudanças mais rápidas: indisponibilidade de infraestrutura de carregamento, energia renovável e o nível de renda local. É por isso que é necessário explorar opções alternativas aproveitando os recursos locais que já estão disponíveis hoje. O uso de biocombustíveis é uma estratégia complementar para ajudar a indústria em mercados emergentes a neutralizar as emissões de carbono. No Brasil, vários argumentos indicam o uso, por exemplo, do etanol.

Segundo estudo publicado pelo World Wildlife Fund (WWF) Brasil até 2030, os biocombustíveis podem suprir 72% da demanda brasileira de combustível apenas pela otimização das pastagens degradadas atualmente sem competir com a terra necessária para a produção de alimentos. E já hoje, várias pesquisas estão em andamento para garantir que essa abordagem permaneça sustentável. Atualmente, apenas 1,2% do território brasileiro é utilizado para o cultivo de cana-de-açúcar, com 0,8% para produção de etanol (cana e milho). Quase 92% da produção de cana-de-açúcar é colhida no Centro-Sul do Brasil, e os 8% restantes são cultivados na região Nordeste. Isso significa que as áreas cultivadas para a produção de cana-de-açúcar estão localizadas a quase dois mil quilômetros da Amazônia.

5 Comentários

Comentários que contenham palavras de baixo calão (palavrões),conteúdo ofensivo, racista ou homofóbico serão apagados sem prévio aviso.

  1. Motores flex só precisariam ter taxa de compressão variável pra serem mais eficientes no etanol (taxa acima de 14:1)... sem comprometer durabilidade na gasolina (taxa menor).

    SAAB há 20 anos já apresentou motores com essa tecnologia.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. No Brasil, a Fiat já desenvolveu o motor 1.3 Turbo exclusivamente a Etanol com taxa de compreensão próxima de 15:1 e tendo consumo próximo ao motor Flex na gasolina, mais desistiu do lançamento devido os clientes não sentirem seguros à oferta do abastecimento do combustível pelos usineiros e refém do preço. Um motor Flex com taxa variável de comprenssão faria mais sentido, mas novamente o fabricantes desses motores teriam que gastar bem mais nessa tecnologia e o motor custaria bem mais que um motor que seja Flex, exclusivamente a gasolina ou exclusivamente a Etanol. Incentivo de políticas ambientais pelo governo a esses projetos com redução de impostos aos fabricantes que fariam colocar em prática no mercado.

      Excluir
  2. A tendência é que o cartel do etanol desapareça, pois a maior parte das grandes usinas arrenda terras pra plantar e agora são empresas multinacionais com metas definidas de produção, sem achismos de antigos "coronéis da cana".

    Conheço muitas usinas multinacionais e a visão de negócios mudou muito.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comentários que contenham palavras de baixo calão (palavrões),conteúdo ofensivo, racista ou homofóbico serão apagados sem prévio aviso.

Postagem Anterior Próxima Postagem