As montadoras que estão anunciando fábricas no Brasil estão antecipando uma expansão no mercado automotivo brasileiro que será impulsionado por uma alterações no funcionamento do leasing - o que tende a tornar essa modalidade de financiamento mais atrativa ao consumidor e aos bancos.


A Anfavea está em negociações com o governo federal para ajustar as regras relativas ao leasing de automóveis, que permitirão aos bancos cobrar dos motoristas as multas e impostos incidentes sobre os carros alugados, deixando os bancos, que são os proprietários dos carros, livres dos pagamentos de tais taxas.

O leasing é uma modalidade de financiamento que hoje responde por apenas 1% do total de financiamentos, ante uma participação de 40% há seis anos, quando o Poder Judiciário começou a emitir decisões que obrigavam os bancos a pagar esses encargos, isentando motoristas de pagar multas e impostos aplicados aos carros.

Com a recuperação do leasing, a Anfavea espera um boom no mercado automobilístico nacional, que deverá fazer a produção subir para 5,7 milhões de unidades em 2017, ante os 4,3 milhões deste ano, dos quais uma parte resultante dos investimentos da Audi e da BMW - que já anunciaram fábricas no Brasil.

As montadoras estão investindo 73,1 bilhões de reais no Brasil, quarto maior mercado de carros do mundo, para ampliar ou construir fábricas até 2017. Com um carro para cada seis habitantes no Brasil, em comparação com um para cada dois em os EUA, os compradores de primeira viagem são uma aposta segura para os fabricantes, que também verá as exportações subirem para 1 milhão de veículos anuais nos próximos anos.

Audi planeja retomar a produção no Brasil no próximo ano, depois de cessar a produção em 2006, por causa de vendas fracas. A unidade do Grupo Volkswagen está investindo 500 milhões de reais no Brasil em 2016 e montará o A3 sedan e SUV Q3 em sua fábrica em São José dos Pinhais.

Estímulo

As vendas de automóveis no Brasil mais que dobraram para 329.143 carros no mês passado, ante um volume de 151.626 em agosto de 2005. A Anfavea estima que 2013 atingirá um recorde de 3,85 milhões, mesmo a desaceleração econômica.

O governo federal está preocupado com a queda do leasing e está avaliando as demandas do setor privado, disse um funcionário que não está autorizado a falar publicamente e pediu para não ser identificado.

O Leasing tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento do país e da indústria, segundo Osmar Roncolato Pinho, presidente da Associação Brasileira de Leasing - ABEL. O mercado de leasing chegou a mais de 100 bilhões de reais em seu pico cerca de sete anos atrás, e agora caiu para 35 bilhões de reais.

5 Comentários

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  1. Compra de veículos por leasing por consumidor final é só roubada. Cai na armadilha quem quiser.

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  2. Engraçado que já comprei carro leasing e já fui multado e a multa veio no meu nome.... ah nunca mais caio nessa de leasing ..... não tem desconto p quitar, difícil de transferir.... latada, geral ... não caiam nessa roubada como eu caí não amigos....

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  3. Só falta melhorarem as estradas!

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  4. O governo quer aumentar as vendas, pára de governar para a Elite que eles tanto contestam (bancos, montadoras) e comece a governar pela e para a sociedade brasileira com menos impostos, menos corrupção e estradas no padrão FIFA, ex padrão brastemp.
    O povo agradece.

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  5. Leasing de veículos no Brasil como é hoje é uma furada mesmo. Como é praticado mundo afora é excelente, você faz um contrato por 3 anos com uma mensalidade X e no fim escolhe se paga o valor estipulado pra ter posse ou então devolve o objeto e escolhe um outro veículo em um novo contrato e vida que segue...

    Essa é a verdadeira função do LEASING. Aqui se paga todo o valor do carro nas parcelas, tornando praticamente obrigatório afirmar a opção de compra no fim do contrato.

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