Novo Onix: Chevrolet se pronuncia sobre a correia banhada a óleo

A Chevrolet do Brasil, durante o lançamento do Novo Onix 2026, abordou a repercussão nas redes sociais sobre a correia banhada a óleo, um dos componentes do motor 1.0 turbo de três cilindros.

A empresa buscou explicar as características técnicas do sistema, trouxe dados comparativos com o mercado americano, esclareceu mitos e passou orientações sobre o uso adequado do veículo.

Repercussão e percepção nas redes sociais
Segundo a Chevrolet, embora o tema tenha gerado ampla discussão em plataformas digitais, ele representa apenas cerca de 3% das interações diretas com clientes, como ligações ao SAC. A empresa identificou picos de comentários repetitivos, curtos e possívelmente automatizados.

A Chevrolet está mapeando todos os comentários nas redes sociais e encontrou indícios de disparos de bots, incluindo comentários idênticos postados em várias publicações, originados de contas sem foto, sem seguidores e que não seguem ninguém.

Em alguns casos, os mesmos textos apareceram em posts no exterior, como na Rússia, traduzidos para outros idiomas. Esses comportamentos indicam que grande parte da repercussão online não reflete dúvidas reais de consumidores.

Análises de dados, como o Google Trends, indicam que a correia é o vigésimo tópico de interesse entre pesquisas relacionadas ao Onix, reforçando que a preocupação com o componente, apesar da visibilidade online, não corresponde à experiência prática dos proprietários.

Características técnicas da correia banhada a óleo
A montadora informa que a correia banhada a óleo do Novo Onix combina características de duas tecnologias tradicionais — a correia dentada seca e a corrente de comando —, e que o sistema adotado nos motores três cilindros turbo da marca oferece a melhor solução em comparação com as outras tecnologias:

• Confiabilidade mecânica e durabilidade estimada em 240 mil km;
• Baixo nível de ruído, cerca de 57 decibéis, comparável ao som de uma lavadora doméstica moderna;
• Alta eficiência energética, contribuindo para redução de consumo de combustível e emissões;
• Redução da vibração do motor, mantendo o desempenho estável ao longo da vida útil.

Além disso, a Chevrolet alertou para a existência de óleos adulterados ou falsificados no mercado, que podem comprometer o desempenho do motor e da correia, independentemente da marca utilizada pelo consumidor.

Veículos fora de garantia
A montadora informou que, mesmo os veículos que perderam a garantia por não realizarem as revisões em concessionárias GM, podem recuperar a garantia de fábrica de 240 mil km para a correia banhada a óleo. Para isso, o proprietário deve levar o carro a uma concessionária GM, realizar a inspeção e reativar a garantia.

Para aumentar a proteção da correia, especialmente em relação ao uso de lubrificantes adulterados, a Chevrolet reforçou sua composição: a correia continua sendo de borracha, mas passa a incluir fibra de vidro em sua estrutura e uma camada externa de teflon, aumentando a resistência do componente.

Novo Onix: óleo recomendado e manutenção
A Chevrolet reiterou que o cliente não precisa usar exclusivamente óleo da marca ACDelco, desde que o lubrificante atenda às especificações indicadas. O funcionamento adequado da correia depende do uso do lubrificante correto, conforme especificado no manual do proprietário, com selo Dexos e viscosidade 0W20.

Zero problemas nos EUA
A Chevrolet informou que o mesmo sistema é utilizado em diversos modelos fora do pais. A correia banhada a óleo já é utilizada em mais de 750 mil veículos da General Motors nos Estados Unidos, incluindo modelos como Trax, Trailblazer e Buick Encore, sem registros de problemas ou reclamações técnicas.

No Brasil, os casos identificados pela Chevrolet estão ligados principalmente ao uso inadequado ou à substituição tardia do óleo, e não a falha do componente em si.

A Chevrolet reforçou que a correia banhada a óleo é segura e confiável, e que os clientes que seguem as orientações do manual e utilizam o óleo especificado não enfrentam risco. A empresa destaca ainda que a repercussão negativa observada nas redes sociais não reflete a experiência prática de uso e busca orientar de forma clara sobre manutenção, cuidados corretos e proteção adicional do componente.