A General Motors está desenvolvendo uma nova tecnologia de bateria chamada LMR (sigla em inglês para Lithium Manganese Rich, ou “lítio com alto teor de manganês”), em parceria com a LG Energy Solution.
Chevrolet Blazer EV 2025
A inovação busca viabilizar carros elétricos com maior autonomia e custo mais competitivo, superando limitações técnicas que até então impediam o uso dessa solução em veículos de produção.
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As baterias LMR vêm sendo estudadas desde os anos 1990, mas enfrentavam dois principais obstáculos: menor durabilidade e degradação progressiva da capacidade de armazenamento. A GM afirma ter resolvido esses problemas por meio de avanços em formulação química, revestimentos especiais e melhorias no processo de fabricação.
Bateria LMR Chevrolet
Com isso, as novas células alcançam desempenho e longevidade similares às baterias com alto teor de níquel, porém com custo reduzido.
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O plano da GM é iniciar a produção comercial dessas baterias prismáticas a partir de 2028, nos Estados Unidos, por meio da joint venture Ultium Cells. Os primeiros modelos a receber a nova tecnologia devem ser SUVs de grande porte e picapes elétricas, segmentos nos quais o formato prismático — mais eficiente para montagem e integração — oferece vantagens em espaço e densidade energética.
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Atualmente, os modelos elétricos da GM, como o Blazer EV e o Equinox EV, utilizam baterias NMCA (níquel, manganês, cobalto e alumínio). Essas células têm alto teor de níquel e entregam boa autonomia, mas envolvem custo elevado, principalmente pela presença de cobalto — um dos componentes mais caros e escassos. As baterias LMR, em contrapartida, utilizam uma composição com cerca de 65% de manganês, 35% de níquel e praticamente nenhum cobalto, o que contribui para um preço mais acessível e menor dependência de matérias-primas críticas.
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Além do custo reduzido, a GM estima que a densidade energética das baterias LMR seja até 33% maior do que as baterias LFP (lítio-ferro-fosfato), hoje bastante utilizadas em modelos elétricos de entrada. Outro benefício é a simplificação do conjunto: as novas células permitem redução de até 75% no número de peças do módulo da bateria e até 50% dos componentes do sistema completo, o que facilita a produção em larga escala.
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As pesquisas com LMR na GM começaram em 2015, mas avançaram significativamente a partir de 2020. Até o fim de 2024, a empresa já havia testado centenas de protótipos de células prismáticas em diferentes configurações, totalizando o equivalente a mais de 2,2 milhões de quilômetros em testes.



O desenvolvimento é liderado pelo Wallace Battery Cell Innovation Center, localizado em Warren (Michigan), onde equipes da GM trabalham em conjunto com parceiros externos. Ao lado desse centro, está sendo construído um novo laboratório de desenvolvimento de células, com o objetivo de acelerar a transição entre os testes de laboratório e a produção industrial.
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A GM possui diversas patentes ligadas à tecnologia LMR, especialmente nos processos de fabricação e integração das células nos veículos. A expectativa da montadora é que a nova bateria permita popularizar os carros elétricos com maior autonomia e preço mais acessível, contribuindo para a meta da marca de liderar a eletrificação em mercados estratégicos como os Estados Unidos e a América do Sul.
Com a nova bateria, a GM reforça seu compromisso com inovação em eletrificação e amplia seu portfólio tecnológico, visando atender a uma demanda crescente por veículos elétricos mais eficientes, acessíveis e sustentáveis.
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