O Ministério da Fazenda, sensível aos pedidos das fabricantes de automóveis instaladas no Brasil, está estudando medicas para reduzir os estoques acumulados nas concessionárias e nos pátios das montadoras, de forma que essa retração nas vendas não evolua para uma crise no setor.

Volkswagen Passat 2012

Segundo o jornal Valor Econômico, o governo pode agir nos próximos dias para baratear o crédito na aquisição de veículos, reduzindo de 0,5 a até um ponto percentual a alíquota de 2,5% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide nas operações de financiamento.

Essa medida de redução de impostos para os financiamentos automotivos é um pedido da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que vem pleiteando também uma nova redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

O governo brasileiro avalia que o ciclo de crescimento acelerado no consumo de veículos chegou ao fim, pois nos últimos 16 anos, o aumento da frota foi maior que o da população. Em 1996, ano que marca o início da nova onda de investimentos no setor, 17,6 milhões de carros, caminhões e ônibus rodavam pelo país. Em 2011, eram 34,9 milhões.


A quantidade de habitantes por veículo, que mede o potencial do mercado, caiu de 9,1 para 5,5. Nos mercados maduros, como EUA e Japão, esse índice fica entre 1,2 e 1,7. A indústria está pronta para elevar a capacidade das fábricas brasileiras em 25% até 2015 - uma produção anual em torno de 5 milhões de veículos.

Correr até o governo cada vez que as vendas diminuem é um exercício que as montadoras praticam desde a década de 50, mesmo que dias depois os resultados comecem a melhorar, como aconteceu neste mês. O volume de automóveis e comerciais leves licenciados na primeira quinzena de maio cresceu 9,74% em relação à primeira metade de abril. Na comparação com a primeira quinzena de maio de 2011, o resultado é 5,31% maior. Se esses números se repetirem até o fim do ano, as vendas ficarão ligeiramente abaixo do recorde de 3,663 milhões de unidades de 2011.

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